Para os cristãos Natal, mas para pessoas de outras religiões, ou mesmo ateus fazer o amigo secreto, ou troca de presentes, identifica valores familiares, ou seja raízes culturais e nos remete ao 1° princípio básico (Identificador) – Os problemas da família tem raízes na estrutura atual da sociedade.
Os pais nessa época assumem o papel de “faz tudo”, por exemplo querem levar todos os filhos em festas diferentes, inclusive das que ele mesmo gostaria de ir, porém não são super heróis e devem aceitar suas limitações. Os pais também são gente. Esse é o nosso 2° princípio básico (Humanizador). Detalhe – Estas limitações não são apenas financeiras, são emocionais e físicas também.
Alguns filhos, nessa época, exigem presentes caros, que não cabem no orçamento doméstico, mas alguns pais ignoram suas dificuldades e fazem sacrifícios que carregam consigo o ano inteiro. Estes pais precisam aprender a dizer não. Esse é o nosso 3° princípio básico – Os recursos são limitados (Protetor).
Não raro, pais levam seus filhos para tomar cerveja, ou brindam nessas festas com outra bebida alcoólica qualquer. Pais e filhos não são iguais, pais são referência para os filhos, e devem conduzir seus comportamentos para poder exigir respeito e obediência. É o nosso 4° principio básico (Valorizador).
Nesse processo de construir comportamentos de respeito ficam, muitas vezes, indefesos e sem ação, com sentimento de culpa, autopiedade ou de raiva, ou seja ficam imobilizados. Por isso, devemos nos libertar da culpa para poder agir e deixar que os filhos cresçam arcando com as consequências dos seus atos. Esse é o 5° princípio básico – A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação (Libertador).
Entretanto, trabalhando sentimentos e libertados da culpa, tanto pais como filhos tendem a influenciar um ao outro de forma a permitir que ambos caminhem rumo a sobriedade comportamental. Esse é o nosso 6° princípio básico – O comportamento dos filhos afeta os pais, e dos pais afeta os filhos (Influenciador).
E quando isso acontece, já tendo passado por metade do programa, tendo já trabalhado um autoconhecimento, avaliando quem somos nós nessa dinâmica, e por que nos permitimos atravessar tais desafios, nos vemos frente àquela situação que nos impele à necessidade de tomar uma atitude. Porque os pais discordam das atitudes erradas de seus filhos e precisam agir. Nesse momento nos deparamos com o 7° princípio básico – Tomar atitude precipita a crise (Preparador).
Em consequência disso, a atitude tomada precipitará uma crise, que sendo bem administrada trará a possibilidade de uma mudança positiva naquele relacionamento, e ajudará no processo de recuperação do familiar. Pais precisam enxergar os problemas como possibilidade de vitória e agir, não devem falar apenas. Este é o 8° princípio básico – Da crise bem administrada surge a possibilidade de mudança positiva (Esperançador).
E quem dará a sustentação para isso? Os grupos de apoio. Nas experiências trocadas durante as partilhas, pais se fortalecem. Unidos somos mais fortes. Esse é o 9° princípio básico – na comunidade, as famílias precisam dar e receber apoio (Apoiador) e nesse caso uma família escolhida, pois o grupo de apoio é aquele família que escolhemos para falar de nossas dificuldades e desafios.
O 10° Princípio é – A essência da família repousa na cooperação, não só na convivência (Cooperador). Nas festas de fim de ano, vemos muita comida e bebida, justamente o que dependentes químicos precisam ficar longe. O ideal é não termos bebidas alcoólicas nessas comemorações pois disparará a memória eufórica deles. Precisamos, e devemos, organizar e disciplinar esses eventos, com muito discernimento, além desse foco de cooperação, colocando limites e condições para que ao comemoramos não os exponhamos a tais memórias, e a esses eventos necessitamos deixar claro a condição de limites àqueles que queremos deles participem. Assim aplicamos o 11° princípio básico – a exigência na disciplina tem o objetivo de ordenar e organizar nossa vida e de nossa família. Esse princípio tem um caráter Organizador mas na minha opinião protetor também pois dentro de limites preestabelecidos, e negociados teremos uma festa de muita paz e amor. Aliás, o Amor. Com muito respeito, sem egoísmo e comodismo trabalhamos o programa, na sua totalidade para conquistar este amor que orienta, exige e educa. Um princípio que está na sua essência, intimamente ligado a todos os outros sendo por isso considerado “recompensador”. Amar sempre, porém com exigência. Amar – um grande desafio.
Boas festas, um beijo no coração de todos!
Insistam, resistam, persistam e não desistam!
Miguel Tortorelli
Presidente da FEAE