À
Editora-Chefe do Globo Repórter
Silvia Sayão
A Federação do Amor-Exigente, que representa 100 mil familiares de dependentes de drogas no Brasil, protesta contra o “Globo Repórter”, da ultima sexta-feira,(1/julho), que enalteceu a maconha. A repórter Glória Maria, enviada à Jamaica, apresentou o uso de maconha como inofensivo e necessário àquela população, além de obrigatório em ritual religioso. Ela até experimentou. Na mesma emissora do Criança Esperança, apologia da maconha, droga que crianças já fumam no Brasil. Repórter deslumbrada e emissora conivente, sem questionar o grave fato de que maconha hoje no Brasil já é-repetimos- droga de crianças e causa de esquizofrenia. Exibiu essa apologia à maconha de norte a sul do Brasil sem nenhum comentário sobre os riscos da maconha. Portanto, passa a ser responsável pelo aumento do consumo dessa droga já usada na infância , que tira crianças da escola, de projetos, levando às cracolândias. A maioria dos dependentes de crack começaram experimentando maconha na infância.
Psiquiatras e pediatras alertam para os riscos da maconha, droga, repetimos, já fumada até por crianças no Brasil. Quais são esses riscos?
Responde o pediatra João Paulo Lotufo no livro “Álcool, tabaco e maconha ,drogas pediátricas”:
-maconha dobra o risco de esquizofrenia e de surto psicótico
-maconha tem 50% mais substâncias que causam câncer
-maconha tem quatro vezes mais alcatrão que o cigarro.
A reportagem que vocês apresentaram parecia encomendada pelos defensores da maconha, que lutam no Brasil pela sua legalização. A Globo é a favor da legalização da maconha?
Lamentamos profundamente porque essa foi mais uma reportagem que incentivou os jovens a fumarem maconha. É este o trabalho social da maior rede de tevê do País? Brincar com temas tão preocupantes, aumentando a epidemia causada pelo uso de drogas, que atinge todas as classes sociais no Brasil?
Estamos pedindo a todos as nossas 100 mil famílias que deixem de assistir ao Globo Repórter.
Miguel Tortorelli
Vice- presidente da FEAE