Nenhum sinal isoladamente indica o uso de drogas, precisam ser analisados o contexto e a freqüência de sua ocorrência. Indicadores, “indicam, sinalizam”, não são sinais determinantes, portanto são sinais precoces. Quanto maior o número de sinais, maior será a possibilidade do envolvimento com drogas. O principal fator de precaução é o aparecimento desses sinais em pessoas nas quais eles não ocorriam anteriormente. O principal indicador são as mudanças de um tipo de conduta anterior, para outra.
É preciso salientar também, que alguns desses sinais ocorrem em virtude das mudanças propiciadas pela entrada na adolescência. É também neste período que inicia-se para a maioria das pessoas, o uso de drogas.
Na maior parte das vezes é muito difícil para uma família, ou pessoa que conviva com o adolescente, diferenciar o que faz parte de um processo de rebeldia normal da adolescência e o que pode ser motivo de preocupação, sendo ou não mudanças associadas ao uso de drogas. Em caso de dúvida, é sempre melhor procurar ajuda e trabalhar na prevenção, do que esperar a situação se agravar.
É necessário também levar em consideração que o início do uso de drogas ocorre na adolescência e faz parte, quando acontece, de um grupo de atitudes e comportamentos ligados a características desta etapa.
A onipotência faz o adolescente acreditar que nada de mal acontecerá com ele, pois sua força e sabedoria são suficientes para dar conta de todas as dificuldades que possam surgir. O fato de ocorrerem danos aos seus amigos devido a inconseqüência com que tratam os assuntos sérios da vida, é vista como uma falta de habilidade do outro, que o adolescente não reconhece em si.
Texto de do livro: DROGAS, A BUSCA DE RESPOSTAS, de Marina e Helio Caetano Drummond Filho.