É comum, na sociedade, quando algo ruim acontece, nós procurarmos o(s) culpado(s). E, como um mecanismo de defesa, culpamos os pais, a escola, a religião, os governos, o trabalho, a sociedade, a mídia, entre tantos outros, no processo automático de socialização da culpabilidade e num eterno jogo entre acusadores, vítimas e pretensos salvadores.
E como sair desse jogo que nos imobiliza e nos impede de sermos nós mesmos e autênticos cidadãos? Somos os únicos responsáveis pelo que sentimos, dizemos e fazemos e, no âmbito coletivo, só a consciência de nosso papel social e da nossa responsabilidade é que nos libertará da nossa pequenez em sempre imputarmos culpas aos outros.
E o AE nos propõe essa responsabilidade social como uma das pilastras que sustentam o programa, papel importante no apoio às famílias, aos dependentes e na prevenção.
É claro que os governos devem fazer a parte deles e, admito, poderiam fazer muito melhor (e devemos sempre cobrá-los sobre isso), mas isso não nos isenta de fazermos a nossa parte. Temos nossos direitos, mas também o dever de fazer um trabalho integrado com as políticas públicas ou de propor um trabalho de parcerias ou em rede em que nós faremos o que muito bem sabemos fazer e que aprendemos, nesses muitos anos de experiência que o AE adquiriu na solidificação de sua proposta.
Temos estrutura e conhecimento para mobilizarmos a sociedade para um trabalho conjunto de responsabilidade social.
Acusar é fácil. Responsabilizar-se é mais trabalhoso, mas isso não é páreo para quem é voluntário do AE, que sabe enfrentar desafios, não é?
Mãos à obra, então!
Por Maria Izabel de Oliveira Massoni, Coordenadora Regional, São José do Rio Preto/SP – edição n° 224 da REVISTAE – Maio/2018.