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Post: USP/HC convida pessoas com transtorno bipolar para pesquisa que avalia tratamento inovador de combate à depressão

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O Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), lidera um estudo inédito que pode encontrar novas formas de tratamento no combate a sintomas de depressão em pacientes com transtorno bipolar que não respondem a medicamentos. Pessoas de 18 a 65 anos, que se encaixem nos critérios, podem participar gratuitamente.  

De ponta, o projeto é aprovado e consiste no uso de um probiótico com ação no eixo “intestino-cérebro” dos pacientes. 

O tratamento é gratuito e tem duração de 12 semanas, contando com três atendimentos no IPq e acompanhamentos  online ou por telefone. Nos dias em que os pacientes precisarem ir até o Instituto, a equipe oferecerá ajuda de custo para transporte e lanche. 

Oferecido gratuitamente, o probiótico proporciona, ainda, benefícios ao metabolismo e será ministrado em combinação com os medicamentos já utilizados pelos pacientes. 

“Evidências recentes sugerem que a modulação da flora bacteriana intestinal pode ter efeitos antidepressivos e isso abre novos caminhos para o desenvolvimento de uma nova classe de medicamentos para tratar esta doença”, explica o professor Beny Lafer, coordenador do estudo. 

 

Serviço

Para participar, os interessados precisam atender aos seguintes requisitos: 

  • Ter de 18 a 65 anos;
  • Possuir transtorno bipolar tipos I ou II;
  • Estar tomando antidepressivos, antipsicóticos ou estabilizadores de humor;
  • Apresentar episódio depressivo atual ou sintomas residuais. 

As vagas para o tratamento são limitadas. Aqueles que se encaixarem nos critérios, devem contatar a equipe em: (11) 97825-2909 (Michelle) / [email protected].

 

O estudo 

O estudo é randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com o uso de probióticos como complemento ao tratamento farmacológico para a depressão bipolar.

Pesquisas anteriores demonstraram que a flora intestinal tem efeitos positivos e negativos no Sistema Nervoso Central (SNC), principalmente por meio de seu efeito no “eixo intestino-cérebro”. Além disso, estudos em animais já demonstraram que a microbiota intestinal pode ser alvo de futuros agentes antidepressivos, pois interfere na síntese de neurotransmissores, nos níveis de inflamação e, ainda, na plasticidade hipocampal. 

Investigações iniciais identificaram mudanças na composição da microbiota intestinal associadas ao transtorno depressivo maior e bipolaridade. E estudos abertos e não controlados relataram efeitos antidepressivos e ansiolíticos dos probióticos. 

“No entanto, nenhum ensaio terapêutico controlado de probióticos para depressão bipolar foi publicado até o momento”, conta o professor Lafer. “Isso pode abrir caminhos para um novo tratamento para o transtorno bipolar, bem como esclarecer o papel da microbiota intestinal na fisiopatologia da doença”, acrescenta a integrante da equipe. 

Serão avaliados marcadores de inflamação intestinal e sistêmica, que têm potencial para elucidar mecanismos biológicos específicos envolvidos na melhora clínica.

Por fim, a equipe medirá marcadores de resistência à insulina, uma vez que a formulação probiótica em questão demonstrou melhorar o controle da glicose.

 

Transtorno bipolar

O transtorno bipolar (TB) é altamente incapacitante e está associado à mortalidade

prematura, visto que os portadores apresentam uma taxa mais alta de doenças cardiovasculares comórbidas e suicídio. 

 

Os episódios de depressão são a causa mais frequente dessa incapacidade e mais da metade dos pacientes não responde adequadamente aos tratamentos disponíveis. 

 

Imprensa

Para mais informações, contate a Assessoria de Imprensa: [email protected] / (11) 96921-5666 (Mainary Nascimento). 

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