Post: Um em cada quatro brasileiros tem familiar próximo envolvido com consumo de drogas

Home
News
Post

Um mês depois de o presidente Jair Bolsonaro sancionar lei que amplia as possibilidades de internação involuntária de dependentes de drogas, pesquisa Datafolha mostra que esse tipo de tratamento tem amplo apoio da população.

Oito em cada dez brasileiros acham que dependentes químicos deveriam ser internados mesmo contra a sua vontade para tratar o vício.

Outra pergunta feita pelo Datafolha dá uma ideia da dimensão do problema no país: 27% dos brasileiros afirmam ter um parente próximo envolvido com o consumo de drogas.

O instituto ouviu 2.086 pessoas com mais de 16 anos em 130 municípios, nos dias 4 e 5 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A lei sancionada em junho prevê que dependentes de drogas possam ser acolhidos, sempre de forma voluntária, em comunidades terapêuticas que ofereçam tratamento voltado à abstinência.

Quando se pergunta se o dependente que não tem condições de decidir por si próprio deve ser internado se a família assim o quiser, o apoio é quase unânime: 94% dos ouvidos pelo Datafolha são favoráveis.

Essa taxa de aprovação é a mesma tanto entre os brasileiros que têm familiares envolvidos com drogas quanto entre os que não têm.

Apesar da política de drogas mais restritiva, com foco em abstinência e comunidades terapêuticas em detrimento da redução de danos, ser uma bandeira do atual governo conservador, os dados do Datafolha mostram que a preferência política tem pouca ligação com o apoio às internações involuntárias.

A taxa de aprovação a essa possibilidade é similar entre quem disse ter votado em Bolsonaro e em Fernando Haddad (PT) nas últimas eleições: 86% e 81%, respectivamente.

A aprovação à internação involuntária a pedido da família nos dois grupos é igual à registrada na população em geral: 94%.

A legislação brasileira faz distinção entre a internação compulsória (determinada pela Justiça) e a involuntária (determinada por um médico, com consentimento da família ou responsável legal).

O texto sancionado em junho prevê que a internação involuntária também poderá ser feita a pedido de servidor da saúde ou assistência social ou de servidor de alguns tipos de órgãos públicos, sempre com autorização de um médico.


Veja a matéria completa no site da Folha de S. Paulo.

Busca
Categorias
Posts Recentes
Tags
×